SEO x Consistência

SEO X Consistência
É possível convergir informação nas mídias digitais com engajamento e qualidade.
SEO X Consistência
SEO X Consistência

 

Produzir conteúdo no universo web com a missão de engajamento para a conversão de leads ganhou novo status a partir da aplicação de técnicas de otimização para as plataformas de buscas. A afirmação de que estes recursos devem agregar conteúdos de qualidade parece óbvia, mas no decorrer deste texto acredito que ficará claro para a grande maioria de que esta realidade está longe de ser alcançada e que o mercado está atuando essencialmente na contramão da equação SEO = conteúdo relevante.

É fato de que sem as técnicas de Search Engine Optimization as produções de conteúdo para plataformas digitais estão fadadas ao ostracismo. E ainda que estejam presentes no cenário há algum tempo, estas tem evoluído rapidamente e com ótimos recursos para ampliar seu poder de alcance frente a um frenético crescimento da concorrência no ambiente digital.

Mas é fácil observar a discrepância existente entre a aplicação das técnicas de SEO com a produção de informações consistentes, estratégicas e que de fato consigam convergir públicos em leads assertivos para os clientes, que configurem em interesse efetivo para a compra de um produto, serviço ou para a aderência à proposta de uma marca, de uma causa, ou qualquer que seja o objetivo da ação.

A razão para isso está no background de agências voltadas exclusivamente para as tecnologias, para a geração de acessos, sem aprofundamento com o negócio do cliente e, especialmente, sem profissionais com expertise para a produção de conteúdos, entre eles jornalistas e relações públicas, cuja essência se pauta pela investigação e pelo relacionamento, respectivamente. Este cenário pode se tornar ainda mais crítico quando a produção de conteúdo deve contemplar não apenas venda, mas sua aplicabilidade em segmentos de complexidade regulatórias e com alto grau de riscos como, por exemplo, a área da saúde.

Não à toa, o que vemos em massa são agências promovendo campanhas que “bombam” acessos nas plataformas de seus clientes, apoiados em relatórios pouco didáticos destacando números encantadores a custos de clicks cada vez mais altos, mas com ROI baixíssimo.

O Melhor dos Mundos

Na contramão da escassez de produção de conteúdo estratégico para plataformas proprietárias, vemos ganhar força o movimento do brand content a partir dos veículos de comunicação, onde o jornalismo se reinventa adequando suas bases e conceitos para a inserção de vendas subliminares dentro de linhas editoriais.

Sem dúvida, o melhor dos mundos se dá com a união dos dois canais, brand e content, com a melhor estratégia de SEO, e é fato de que um não pode mais andar sem o outro, mas sim se integrarem, ampliando as oportunidades de negócios para todos.Sabemos que as inovações tecnológicas transformaram e irão transformar ainda mais a forma de consumir produtos e informações, e ainda que não tenhamos capacidade para antever com clareza tudo o que vem pela frente em termos de desenvolvimento de novas ferramentas e plataformas, sabemos que a essência do que nos motiva a consumir não muda.

Comunicação em saúde: Não é mais possível subestimar o paciente

Quando falamos em comunicação em saúde temos um amplo aspecto a considerar, prevendo os diversos meios de atingimento de pacientes – partindo do seu atendimento direto por um médico ou profissional aliado -, e da população em geral – por meio de divulgações em diferentes formatos de mídias.

É notório que o desenvolvimento dos canais de comunicação na internet democratizou o acesso às informações sobre os mais variados temas em saúde, e ainda que se discuta a sua segurança, em grande parte elas somam para o melhor entendimento de pessoas sob suspeita de algum diagnóstico ou já em tratamento de doenças.

Diante deste caminho sem volta, em que cada vez mais médicos e serviços de saúde recebem pessoas munidas de questionamentos baseados em pesquisas na web, é importante preparar os profissionais, e isso envolve toda a gama atuante no contato direto com o paciente, sobre as novas dinâmicas de atendimento a este perfil de usuários.

Não é mais possível subestimar e negligenciar a informação que vem do leigo, em primeiro lugar por respeito e direito que deve estar no cerne de todo atendimento médico, mas também pelo diferencial competitivo que isso implica na escolha, adesão, seguimento e indicação de pacientes – e seus responsáveis – que usufruem de um serviço de saúde.

A relação médico-paciente e seus desdobramentos têm inicio, meio e fim na base comunicacional e no universo de possibilidades que se abrem a partir da relação direta durante os atendimentos e, a partir daí, de suas possibilidades de evoluções para a internet e suas redes sociais, seja para a busca ou compartilhamento de referências de profissionais e serviços.

E nesse contexto é importante destacar que para além de curiosos, é crescente o desenvolvimento de comunidades de pacientes, com engajamento e propósitos de mobilização de direitos indo de, e ao, encontro de indústrias e governos para melhores condições de acesso à medicamentos, dispositivos e procedimentos em geral.

A partir delas, os chamados e-pacientes compõem interfaces com médicos, executivos e políticos, e cumprem agendas importantes para o atendimento de seus interesses e que muitas vezes impulsionam medidas importantes para o desenvolvimento do segmento. Deixam de serem apenas usuários para se somarem aos protagonistas da saúde. Estar atento e integrado a esse movimento não é apenas questão de sobrevivência, mas condição essencial para a prosperidade.


Erika Baruco – jornalista, com especialização em comunicação corporativa, é diretora da Baruco Comunicação Estratégica, atuando há mais de 20 anos na gestão de comunicação de profissionais e instituições de saúde. Também é palestrante na disciplina de media training e gestão de crise comunicacional.

Texto originalmente publicado em Medicina SA